segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Não nos calaremos!

Apresentamos um novo texto que está a recolher vários apoios de activistas sociais que se juntam à luta da iniciativa Vamos! Apoiamos a Greve Geral contra a desigualdade e a pobreza e em breve será divulgada a nova lista de activistas que junta a este apelo concreto de mobilização.





Basta de Injustiças! Chega de desigualdades!

Os e as activistas que dinamizaram as iniciativas Vamos! reafirmam a urgência de que o debate dos nossos problemas, das soluções para eles, o debate  político portanto extravase para além dos gabinetes e das salas fechadas em sedes partidárias ou mesmo da Assembleia da República. 

Acreditamos que a democracia é mais forte com a participação e intervenção cidadã, aquela que por natureza está ou passa na rua, aquela que é dita ou protestada em qualquer lugar, a qualquer momento, sobre todos os assuntos.

Por isso foi a rua que quisemos transformar em palco, o local onde cada interveniente, cada activista, cada anónimo ou anónima, pudesse ser parte da construção de um espaço onde o debate e o protesto social se fizessem ouvir.  E assim foi, durante 4 semanas, no Largo de S.Domingos em Lisboa, cada ideia de luta foi usada contra a falsa inevitabilidade da crise que nos impõem.

Por lá afirmámos, nos 4 momentos atravessados por centenas de pessoas, que a construção da resposta à gigantesca transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos se começará por fazer dentro de cada país, contra uma Europa submissa e agachada defronte dos mercados especuladores. É importante A luta feita pelas ideias e a intervenção na rua, e pela defesa e proposição de Portugal e de uma Europa num mundo que cresça com justiça social e prioridade aos mais pobres. Que defenda o emprego digno, os serviços públicos e os apoios essenciais para garantir o respeito por cada pessoa.

Durante o percurso caminhado em conjunto juntaram-se muitos e muitas activistas. Também durante o percurso Vamos!,  o contexto social foi abalado por mais propostas de violência social contra os mais pobres e contra quem trabalha. Novamente, menos direitos, menos serviços públicos, essenciais para quem trabalha ou trabalhou. Milhões de pessoas foram chamadas a prestar contas num momento em que a irresponsabilidade da alta finança nos impôs um quadro negro. Os mercados especuladores, fundadores da crise, lucraram ainda mais, com os governos a servir de gestores da crise.

Perante a violência de novos pacotes de austeridade que varrem a Europa e Portugal, pelo avanço da injustiça social, e comprometidos com as palavras do manifesto que lançámos, os e as activistas do Vamos! juntam-se no apelo que poderá colocar um travão na violência e saque social em curso. Achamos que é urgente e necessário juntar vozes pela justiça, contra a pobreza, pela solidariedade. É urgente ir à luta. Por isso, apelamos à participação de todos e todas as cidadãs, de todos os trabalhadores, na construção e participação da greve geral de 24 de Novembro. Essa é a próxima luta, é também a nossa luta.

Pela construção de um movimento amplo, de todos, para todos, em defesa dos direitos que pretendemos para hoje e para o futuro. 

Em nome da solidariedade... vamos à luta!
Vamos!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ontem realizou-se a 4a e última iniciativa Vamos!

No largo de S.Domingo (ao Rossio), realizou-se ontem mais uma iniciativa Vamos! Com intervenções partindo do tema Globalizar com direitos, garantir a paz e a solidariedade, foram variadas as interpretações. Vítor, da Associação de Cubanos Residentes em Portugal, juntou-se à tertúlia-protesto, intervindo sobre a necessidade de solidariedade internacional, entre todos os povos do mundo, desde Cuba a Portugal, Irão ou Afeganistão, sempre a favor da liberdade e contra a pobreza. Como contraponto, foi identificado o papel da NATO como organização mundial militar.

A NATO foi de resto nomeada em várias intervenções. Também Ricardo Robles, da PAGAN - Plataforma Anti-Guerra-Anti-NATO, realizou uma intervenção onde relacionou gastos militares, intervenção militar da NATO e o desiquilíbrio de orçamento e de justiça que representa, hoje, em Portugal, aumentar os financiamento do Ministério da Defesa em 15% ao mesmo tempo em que se exige às pessoas que trabalham sacrifícios enormes, apenas para que alguns poderosos possam continuar a acumular.

A luta pela auto-determinação do povo Saraui e da Palestina também estiveram em foco. Eduardo Pinto Pereira falou contra as posições esmagadoras e castradoras do governo de Espanha, de Marrocos e de Israel, tantas vezes, desrespeitando decisões da ONU ou do Tribunal de Haia.

Outras intervenções, de subscritores e ou companheiros que por lá passaram, falaram de solidariedade entre trabalhadores, liberdade e necessidade de uma globalização alternativa a globalização predadora. No último dia das 4 iniciativas Vamos!, ficou, em todos e todas as activistas que se juntaram para concretizar este espaço, a certeza de que é o espaço da rua aquele que deve e merece ser ocupado contra a crise. 

A rua, ocupada pelas ideias e pelas pessoas, contra o consenso que nos impõe uma dívida originada pela ganância.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Globalizar, garantir a paz e a solidariedade

Amanhã será concretizada a última iniciativa Vamos! Estaremos na rua para que as intervenções sobre solidariedade, paz e por uma globalização alternativa e de direitos tenham espaço no local público, espaço aberto a todos.


:: 5a feira :: 14 de Outubro ::
:: 17h30 ::
:: Largo de S. Domingos (ginginha) no Rossio ::

Contributo de Eliana Tavares (subscritora do manifesto Vamos!)

A escola deve ser um local altamente democrático e justo, onde nenhum aluno deve ser excluído por questões económicas. A educação, como a saúde, está aberta ao mercado, como se se tratasse de um negócio, onde o lucro é o principal objectivo. Sendo que no nosso país se praticam as propinas mais caras da Europa, muitos estudantes são empurrados para os empréstimos bancários como se fosse a situação mais viável. No entanto, isto faz com que iniciem a sua vida profissional já endividados e sejam atirados para o trabalho precário, mais facilmente.

Como se pode permanecer no Ensino Superior quando as bolsas de estudo são inexistentes ou insuficientes e a sua atribuição é tardia? A maioria das bolsas atribuídas apenas corresponde ao valor da propina, sem cobrir os custos com a habitação, transportes, alimentação ou matérial escolar. A maioria das instituições estão em “contenção de despesas” (como se os estudantes não estivessem, igualmente) e poupam na compra de material básico e na prática de turmas com um número excessivo de alunos. Com a diminuição da qualidade de ensino, como podemos obter sucesso e motivação escolar?

Como dirigente associativa e como estudante do Ensino Superior, estou preocupada com toda esta situação e, principalmente, com o facto de os novos critérios técnicos de atribuição de bolsas ainda não terem sido divulgados, apesar de já ter começado o novo ano lectivo há algum tempo. Por essa mesma razão, subscrevo inteiramente o manifesto “Vamos!” porque juntos fazemos a força que induz a mudança.
Eliana Tavares - Membro da Associação de Estudantes do ICBAS 

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Vamos! :: Iniciativa adiada uma semana devido à chuva

Porque precisamos de espaço e de pessoas, de intervenção e mobilização, faremos o próximo Vamos! na quinta-feira dia 14, à hora do costume, 17h30.

Fica adiada portanto, devido ao tempo de chuva, a iniciativa de amanhã.

O espaço da rua para o qual se anuncia chuva esta semana, estará em princípio mais seco. Lá estaremos, a falar e protestar sobre a necessidade de Justiça global, Paz, Solidariedade, Movimentos de Pessoas.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Chullage :: Rapper e Activista Social junta-se aos subscritores do manifesto Vamos!


Chullage, rapper e activista social junta-se ao grupo dos subscritores do manifesto Vamos! Assim, torna-se mais amplo e mais forte o grupo que afirma que é a rua o espaço de debate e intervenção política contra a crise. Porque são sempre os mais pobres e quem trabalha que paga a maior factura, juntamo-nos para afirmar que esta transferência de riqueza baseada numa crise financeira e económica mundial não poderá ficar sem uma resposta unitária e de rua. Apresentamos a lista actualizada de subscritores:

Ulisses Garrido - Membro da Comissão Executiva da CGTP
António Avelãs - Presidente do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL)
José Rodrigues - Activista pelos direitos laborais da área Católica
Timóteo Macedo - Dirigente da associação Solidariedade Imigrante (SOLIM)
Mamadou Ba - Dirigente do SOS Racismo
Cristina Andrade - Membro do FERVE (Fartas/os d'Estes Recibos Verdes)
António Serzedelo - Dirigente da Associação Opus Gay
Eduardo Pinto Pereira - Activista Social
Tiago Gillot - Membro dos Precários Inflexíveis (PI)
Viriato Jordão – Presidente de Associação de Pais, ex-Sindicalista e Reformado
Francisco Alves - Dirigente da Fiequimetal / CGTP
Carla Bolito - Actriz e membro da Plataforma dos Intermitentes do Espectáculo e Audiovisual
João Pacheco - Jornalista e Membro dos Precários Inflexíveis
Silva Alves - Membro da Associação Abril
Ada Pereira da Silva – Membro da Plateia
António Capelo – Actor
Bruno Maia – Membro da Ex-Comissão de Trabalhadores da Qimonda
Cândida Viana Ribeiro - Chefe de equipa do Instituto de Segurança Social
Eliana Tavares - Membro da Associação de Estudantes do ICBAS
Francisco José – Membro da Comissão de Trabalhadores da UNICER
Henrique Borges – Dirigente do Sindicato dos Professores do Norte
Irina Castro – Activista Anti-Guerra, Anti-NATO
José António Moreno - Presidente da direcção do Porto do Sindicato dos Trabalhadores de Impostos
João Paulo Silva – Dirigente do Sindicato dos Professores do Norte
Jorge Magalhães - Dirigente do CESP e da FEPCES - Federacão Portuguesa dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Servicos de Portugal
Luís Monteiro - Presidente da Associação de Estudantes da Escola Artística Soares dos Reis
Mário Moutinho – Actor
Miguel Vital – Técnico Administracão Tributária, Ex-Coordenador do Sindicato da Função pública do Norte
Nuno Carneiro – Investigador, Psicólogo, Activista LGBT
Paulo Ricardo – Dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Industrias de Celulose, Papel, Gráfica e Imprensa
Ricardo Salabert – Membro do Movimento FERVE
Helena Dias - Membro do Movimento Escola Pública
Diana Póvoas - Médica
Carmen Santos - Actriz e membro da Direcção do Sindicato dos Trabalhadores do Espectáculo
Romana Sousa - Ama da Segurança Social e membro da Associação das Profissionais do Regime de Amas
Mara Carvalho - Médica de Família
Sérgio Vitorino - Activista LGBT e membro das Panteras Rosa
Boaventura Sousa Santos - Sociólogo
Chullage - Rapper e activista social

domingo, 3 de outubro de 2010

Contributo de António Eduardo Pinto Pereira :: Todos os dias o Poder escreve em nós o discurso da impotência.

A crise? Entrou-nos porta adentro quando nada o fazia prever. Se não fosse isso continuariamos, provavelmente, no melhor dos mundos.

As medidas são impopulares? São, mas não tínhamos alternativa. Se as não tomássemos estaríamos, em breve, em muito pior situação. Pior que a Grécia!

Devemos estar preocupados? Com a selecção nacional de futebol, talvez. Com a situação do país, não. O Governo tem tudo sob controlo. Aliás, começam a ser evidentes os sinais de recuperação. A taxa de desemprego, por exemplo, baixou 0,1% em Agosto, «a segunda descida mensal consecutiva». E «as vendas de automóveis subiram 37,4% até Setembro».
Ah, bom! Então se é assim podemos ir para casa descansados …

Mas não é assim. As dificuldades que hoje atravessamos, expressão de um modelo que dá mostras de esgotamento, ainda vão continuar a exigir de nós um longo e doloroso tributo. E as medidas que têm vindo a ser anunciadas não nos oferecem credibilidade.

O denunciar já não chega. O esforço de analisar e compreender é insuficiente. É urgente a procura de um outro modo de produzir e de viver. Numa sociedade mais justa, mais democrática, mais equitativa, cuja materialidade já se encontra hoje inscrita nos esforços pontuais, localizados, que muitos de nós desenvolvem. Que não nos será oferecida. Será o produto da nossa capacidade de reagir e de interagir. Será o resultado da nossa luta.

Vamos à luta?

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Economia e Trabalho - 3a iniciativa Vamos! teve lugar em Lisboa (30 Set)

Economia e Trabalho

Mais uma iniciativa Vamos! Desta vez as intervenções sobre Economia e Trabalho estiveram no centro do protesto. Várias são as vozes se levantam contra qualquer imobilismo, e nessa vontade expressada por todos os intervenientes, se salienta a força comum: não podemos aceitar que nos roubem o que nos resta e é essencial, o trabalho, a saúde, a segurança social e a educação, tal como referido por Isabel do Carmo (médica).

Ainda Paulo Fidalgo (médico e membro da Renovação Comunista), Marco Marques (membro dos Precários Inflexíveis), Francisco Alves (Metalurgico e membro da CGTP) ou António Avelãs (sindicalista e Presidente do SPGL) foram alguns dos intervenientes. 

Passaram ainda pelo iniciativa, Chullage (rapper e activista social), que se junta aos subscritores do manifesto, e ainda João Ribas (ex-Censurados). Desta vez, a música de intervenção esteve a cargo dos Desobediência Geral.

A força que se espalha da revolta sobre a injustiça das medidas de austeridade social, começa a ser transformada em união, em capacidade de luta e organização. Desde logo se começam a ouvir os apelos à participação na rua na greve geral que milhares de cidadãos começam a pressentir. Parece hoje, aos olhos de muitos, inevitável.

Vamos à Luta!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Hoje :: 3a iniciativa "Vamos!" :: 30 Set(5a feira):: 17h30 :: Economia e Trabalho/Emprego


Várias pessoas com intervenção social em Portugal juntaram a sua força para ocupar o espaço da rua com o debate que quebra o consenso da crise. Animando um momento de protesto, de ideias, de contraditório, às 5as feiras no Largo de S. Domingos em Lisboa, junto ao Rossio, procuramos intervir, animar, reunir, em torno de ideias de combate pela justiça social e em união contra a gigantesca transferência de riqueza dos mais pobres ou dos que trabalham para os mais ricos.


Apresentada no dia 1 de Setembro, a iniciativa “Vamos à Luta!” aproxima-se do conceito 'speakers corner'.

Hoje
, dia 30 de Setembro, quinta-feira, disponibilizamos e participamos em mais um momento de todos quantos por lá passem e se juntem. O tema de lançamento será totalmente a propósito da crise: Economia e Trabalho/Emprego.



 Aparece! Intervém! Protesta! Fala!
Hoje :: 5a feira :: 30 Set :: 17h30
Largo de S.Domingos :: Lisboa (Rossio)


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Vídeo :: Democracia, Serviços Públicos (23 Setembro)

Aconteceu ontem a 2a iniciativa "Vamos!". Mais uma vez transformámos o espaço do Largo de S. Domingos num espaço da palavra pela intervenção. Desta vez, ainda mais pessoas, mais intervenções, mais debate. Com internveções de várias pessoas que passaram pelo largo, passando também por intervenções de vários subscritores do Manifesto, como Romana Sousa - Ama da Segurança Social e membro da Associação das Profissionais do Regime de Amas, Carla Bolito - Actriz e membro da Plataforma do Espectáculo e Audiovisual, Mara Carvalho - Médica de Família ou Eduardo Pinto Pereira - Trabalhor dos CTT.

O dia de ontem teve a participação fundamental de dois grupos de músicos do Bairro da Outorela, Carnaxide. Ampliou-se assim a capacidade de juntar pessoas, de intervenvir com as palavras da música, e de demonstrar que não é possível resignarmos-nos às condições a que nos remetem, seja no bairro, na escola, na cultura ou nos serviços públicos de forma geral.

Aproveitando um desfile de estudantes mais interventivos, houve ainda espaço para a controvérsia sobre educação, da qual se relevou a importância da democracia nos espaços escolares (ou a sua ausência) e a dificuldade de acesso aos vários níveis escolares por parte das pessoas, designadamente das mais pobres.

No Porto, devido às màs condições climatéricas não foi possível concretizar a iniciativa. No entanto, não sendo possível realizar o protesto em Santa Catarina, não deixaram de se juntar várias dezenas de pessoas que aproveitaram para explicar ou divulgar a iniciativa e de lançar desde já o compromisso de que nos próximos dias haverá novidades sobre o Vamos! no Porto.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Contributos vídeo :: Tiago Gillot, António Avelãs, Viriato Jordão


:: Na 5a feira, dia 23 ::
:: Lisboa :: Largo de S.Domingos (ginginha) :: 17h30 ::
:: Porto :: Santa Catarina :: 18h

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Boaventura Sousa Santos :: Apoia e subscreve o manifesto Vamos!

Boaventura de Sousa Santos é doutorado em Sociologia do Direito pela Universidade de Yale, professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. É também director dos Centro de Estudos Sociais e do Centro de Documentação 25 de Abril.

Junta-se assim mais um apoio ao apelo feito pelo manifesto Vamos à Luta! Somos assim cada vez mais aqueles que pretendem que a rua se torne o lugar do debate público, o debate político e a proposição de uma alternativa que contrarie a gigantesca transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos a pretexto das inevitabilidades da crise.


Na rua, o conhecimento, a experiência de vida, as dificuldades, a força, todas se juntam para que a crise que nos impõem tenha como resposta a experiência da organização de base, da palavra e da intervenção. O  apelo é de que todos quantos passem na rua, intervenham, protestem, participem, usem da palavra para trazer a vida e o protesto que exige alternativa às ruas de Lisboa e do Porto. O Vamos! é de todos e todas.

:: Na 5a feira, dia 23 ::
:: Lisboa :: Largo de S.Domingos (ginginha) :: 17h30 ::
:: Porto :: Santa Catarina :: 18h

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Vamos! :: Arranca também no Porto esta 5a feira

A iniciativa Vamos! arranca também no Porto esta 5a feira, dia 23. Para juntar vozes contra a crise que nos impõem, o Porto, também será palco de intervenções de rua, lugar aberto e público, onde todos os homens e mulheres que passem podem intervir, interagir ou trocar ideias sobre a situação concreta em que as pessoas se encontram. A ideia de que a rua é o local privilegiado da democracia marca também a cidade do Porto, Santa Catarina, às 18h

Aumenta assim a lista de apoiantes ou subscritores da iniciativa, com vários activistas que se juntam ao apelo feito pelo Manifesto:

Ada Pereira da Silva – Membro da Plateia
António Capelo – Actor
Bruno Maia – Membro da Ex-Comissão de Trabalhadores da Qimonda
Cândida Viana Ribeiro - Chefe de equipa do Instituto de Segurança Social
Cristina Andrade – Membro do Movimento FERVE
Eliana Tavares - Membro da Associação de Estudantes do ICBAS
Francisco José – Membro da Comissão de Trabalhadores da UNICER
Henrique Borges – Dirigente do Sindicato dos Professores do Norte
Irina Castro – Activista Anti-Guerra, Anti-NATO
José António Moreno - Presidente da direcção do Porto do Sindicato dos Trabalhadores de Impostos
Jorge Magalhães - Dirigente do CESP e da FEPCES - Federacão Portuguesa dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Servicos de Portugal.
João Paulo Silva – Dirigente do Sindicato dos Professores do Norte.
Luís Monteiro - Presidente da Associação de Estudantes da Escola Artística Soares dos ReisMário Moutinho – Actor
Miguel Vital – Técnico Administração Tributária, Ex-Coordenador do Sindicato da Função pública do Norte.
Nuno Carneiro – Investigador, Psicólogo, Activista LGBT
Paulo Ricardo – Dirigente do Sindicato dos Trabalhadores dos Trabalhadores das Industrias de Celulose, Papel, Gráfica  e Imprensa
Ricardo Salabert – Membro do Movimento FERVE

Contributo de Francisco Alves :: Subscritor e Sindicalista na Fiequimetal (CGTP )

Os desempregados e os diariamente despedidos, são certamente uma das muitas razões que levaram à necessidade deste grupo de activistas se juntar para de viva voz e no espaço publico, que é a rua, ouvir as pessoas e procurar em conjunto saídas para esta gritante injustiça.

Vamos dizer que não aceitamos, que em nome da crise, se violem direitos e ao mesmo tempo nos queiram também roubar dignidade.

Vamos exigir justiça na economia e aumento dos salários. Vamos fazer ouvir a voz cidadã e afirmar a recusa em continuar a pagar a crise que os especuladores criaram.

Vamos juntar forças e lutar por medidas alternativas, que respeitem os que vivem do trabalho e apoiem os que menos têm.

Somos homens e mulheres com coragem e dispostos a contribuir solidáriamente para a mudança a favor dos de baixo e por isso... Vamos à Luta!

sábado, 18 de setembro de 2010

Contributo de António Avelãs :: Subscritor e Presidente do SPGL (Sindicato dos Professores da Grande Lisboa)

Não cederemos ao imobilismo da resignação, atitude que parece estar a estender-se sobre os portugueses. 
Recusamo-nos ao clássico “encolher dos ombros” resmungando “é a crise, que se há-de fazer”? 
Provavelmente não teremos as respostas “prontas” para tamanho poço de problemas, mas sabemos que o caminho que está a ser trilhado, decidido por alguns, que conduz a um aprofundar das desigualdades na distribuição da riqueza, à crescente precarização dos direitos e da estabilidade profissionais, não é de certeza o mais adequado para o país. 
Precisamos de construir outros caminhos e para essa construção todos somos chamados. VAMOS é um movimento que desafia todos a uma intervenção de cidadania. E este “todos” destina-se sobretudo aos que mais vivamente sofrem as consequências da crise (para a qual não contribuíram) – os desempregados, os que sofrem a precariedade laboral, os sujeitos a falsos recibos verdes, os que não conseguem alugar ou comprar casa, os imigrantes… Não só lhes damos a palavra, como “exigimos” que a tomem. Sejam eles a “novidade” que rasgue este doloroso marasmo para que, em nome da crise, nos querem empurrar. 
Vamos à luta porque sonhamos com uma sociedade em que o direito a uma vida digna e humana seja o objectivo da economia. Vamos á luta recusando as mentiras com que, em nome da crise, nos querem paralisar. Vamos a isso, vamos!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Na 5a feira, dia 16, aconteceu a primeira iniciativa Vamos!

Na 5a feira, dia 16, teve início a iniciativa "Vamos!". Numa tribuna pública em que qualquer homem ou mulher pode intervir, passaram algumas dezenas de pessoas para quebrar o consenso da crise através das suas próprias palavras. A distribuição da riqueza, as consequências da crise, o peso da pobreza foram alguns dos temas que impulsionaram várias pessoas a intervir neste espaço colectivo: a Rua.

Várias intervenções reforçaram o apelo para que a rua seja o espaço privilegiado de intervenção e de protesto. Também de organização, pois encaramos que o espaço público deve ser o palco da democracia, da voz de quem trabalha e de quem exige os seus direitos.

Aquilo que é garantido por esta iniciativa é um contributo para que esse espaço de intervenção livre, público, de rua, exista ao serviço de quem quiser por lá passar. Na próxima semana lá estaremos, para intervir, debater, protestar, sobre a relação entre Democracia e Serviços Públicos. Novamente, no Largo de S. Domingos, dia 23, 5a feira, às 17h30, a criar raízes na intervenção de rua e ganhar espaço que o consenso da crise nos  retira.

Fica aqui o vídeo com algumas intervenções da primeira iniciativa:

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Contributo de António Serzedelo :: Subscritor e Dirigente da Associação Opus Gay

Juntámo-nos um grupo de activistas sociais, vindos das mais diversas proveniências, porque queremos dialogar com a população, em directo, na rua, para lhe dizer que temos de mudar o rumo das coisas, que não podemos ser nós a pagar a factura da crise que não provocámos, nem a nível nacional, nem europeu,  nem internacional.

Para dizer a todos os Portugueses que há possibilidades de mudança, e que esta se baseia na Solidariedade activa, e na Esperança positiva de que há outras soluções, para além destas que estão a ser aplicadas, com tão discutíveis resultados.

Mas se as soluções também estão nas nossas mãos, não podemos estar parados!

Vamos pois para a rua para nos ouvirmos a todos, procurar com todas as vitimas da crise que somos, soluções novas, alternativas, viáveis e construtivas que voltem a dar a dignidade perdida, às Pessoas,e  ajudar a construir um país novo .

Vamos à luta! 
António Serzedelo

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Contributo de Helena Dias :: Movimento Escola Pública

A crise que outros nos impuseram é agora uma desculpa conveniente para cortar nos apoios sociais e desinvestir nos serviços públicos, cavando desigualdades e diminuindo a democracia. Assim, um país cuja Educação é encarada pelo poder apenas como uma despesa é um país sem futuro. Os relatórios da OCDE  permanecem assustadores: só um terço da população portuguesa entre os 25 e os 64 anos completou o ensino secundário.

Este é um país atrasado. Mas o atraso prejudica sempre os de baixo. Para vencê-lo é urgente apostar na Educação, dando iguais oportunidades a todos/as. Uma verdadeira escola pública inclusiva, universal, gratuita e democrática é uma escola que não desiste de nenhum aluno/a e que não precariza a vida dos seus profissionais. Para construir essa escola urge transferir a riqueza de quem nos meteu na crise para quem precisa sair dela. Ou seja, um sistema fiscal justo e políticas comprometidas com as pessoas e não com os especuladores. É preciso investir no que é de todos/as e não na carteira dos de sempre.

É por isso que me associo à iniciativa “Vamos à Luta”. Trata-se de uma espaço de convergência fundamental, enriquecido pela diversidade de tantas causas justas. A luta pela escola pública não se faz em circuito fechado, assim como nenhuma das outras lutas. Juntos temos mais força para construir uma alternativa ao caminho único que nos querem impingir.

Helena Dias, Movimento Escola Pública.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Apoia e divulga esta iniciativa

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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Arranque da iniciativa na Casa do Alentejo

Os primeiros subscritores do manifesto "Vamos!" reuniram-se ontem, 4a feira, na Casa do Alentejo para apresentar a iniciativa e divulgar quais as intervenções deste grupo de cidadãos que se juntam para afirmar que há alternativas à austeridade das opções dos governos e para quebrar o silêncio sobre as injustiças e as mentiras da crise.
Apresentação da Iniciativa e Conferência de imprensa

Serão realizadas, durante 4 semanas, 4 iniciativas de debate no espaço público, ou seja, na rua. Acontecerão no Largo de S. Domingos em Lisboa (junto ao Rossio) e existirão intervenções curtas dos subscritores após as quais terá lugar o debate ou conversa também com as intervenções e ideias de quem por lá passar e decidir participar sobre os temas propostos.

Iremos divulgar, durante o período em que decorre a iniciativa, textos e vídeos com a reflexão dos subscritores do manifesto sobre os motivos que os ou as levam a participar da concretização da mesma.

Calendário das iniciativas (sempre às 17h30) no Largo de S. Domingos (Ginginha) no Rossio:
Dia 16 de Setembro
Acabar com a Pobreza
+ Justiça na redistribuição da riqueza

Dia 23 de Setembro 
Democracia? Só com cidadania e bons serviços públicos

DIA 30 de Setembro
Outra economia com direitos no trabalho

Dia 7 de Outubro
Globalizar e garantir a paz e a solidariedade

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Manifesto

Não nos calaremos!
Não fomos nós quem fez esta crise.
Há outras soluções.

Vamos quebrar o silêncio sobre as injustiças e as mentiras da crise.
Desemprego acima de 10%, precarização generalizada, cortes em todos os apoios sociais e nos serviços públicos, ataque ao subsídio de desemprego, aumento da pobreza...Pode-se viver assim? Como aceitar sempre mais sacrifícios para vivermos sempre pior? Como chegámos aqui?

Os banqueiros e os especuladores jogaram com o nosso dinheiro: crédito fácil, especulação imobiliária, fraudes de gestão. Quando ficaram a descoberto, em 2008, não gastaram nada de seu. Chamaram os Estados e, dos nossos impostos, receberam tudo quanto exigiram. Então deram o golpe: com o dinheiro recebido a juros baixos, compraram títulos da dívida pública, a dívida do mesmo Estado que os salvou. Agora, o Estado, para pagar os altíssimos juros dos títulos da sua dívida, vai buscar dinheiro aos bolsos de quem trabalha: mais impostos, menos salário, cortes de todo o tipo, privatizações...

Estamos perante uma gigantesca transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos. Dentro de cada país. E dos países mais pobres da Europa para os países mais ricos - numa Europa submissa e agachada defronte dos mercados especuladores. Duas palavras enchem os nossos dias: "dificuldades" e "sacrifícios". São palavras para nos silenciar. Pois não nos calaremos. Não fomos nós, trabalhadores de toda a Europa, quem fez esta crise. Quem a fez foi quem nunca passa por "dificuldades" e recusa sempre quaisquer "sacrifícios". Foram os especuladores que nada produzem, os bancos que não pagam os impostos que devem, as fortunas imensas que não contribuem. Para eles, a crise é um novo e imenso negócio.
 
Agora que a desesperança se espalha, que a pobreza alastra e que o futuro se fecha, trazemos à rua o combate de uma solidariedade comprometida com os desfavorecidos. Há alternativas ao empobrecimento brutal da maioria da população. O projecto de um Portugal e de uma Europa num mundo que cresça com justiça social e prioridade aos mais pobres. Que defendam o emprego digno, os serviços públicos e os apoios essenciais para garantir o respeito por cada pessoa. Essa é a verdadeira dívida que está por pagar.

Vindos de muitas ideias e de muitas experiências, juntamo-nos pela igualdade e contra as injustiças da crise. Conhecemos as dificuldades verdadeiras de quem está a pagar a factura de uma economia desgovernada.

Não aceitamos a cumplicidade financeira da Comissão Europeia e do BCE no sofrimento e na miséria de milhões, não nos conformamos com um país que se abandona à pobreza, com uma sociedade que aceita deixar os mais fracos para trás.


Uma sociedade civilizada não protege a ganância acima do cuidado humano, o cuidado de um por todos e de todos por um.

Vamos quebrar o silêncio sobre as injustiças e as mentiras da crise.
Vamos à luta.
Vamos!